sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Gentileza tinha que contaminar

Na fila do supermercado dia destes um moço que estava com a esposa olhou pra mim, cumprimentei-o, ele olhou minha modesta cestinha de compras e imediatamente cedeu-me o lugar na fila. 
Fiquei constrangida, não sabia como agradecer aquele casal. O gesto foi bem simples, mas me desconcertou profundamente. O fato de eu ter menos produtos na cestinha que eles no farto carrinho foi decisivo para o gesto, mas o gesto é inusitado nos dias de hoje.
Por um momento hesitei em aceitar, mas acabei passando a frente, o que deixou o moço e a esposa ainda mais sorridentes. Incrível!
A cena do supermercado não me saiu da cabeça, pois me fez concluir que por estar tão acostumada a ver gente furando fila, e por vezes me pegar fazendo o mesmo no trânsito, comecei a achar natural quando numa sala de espera ninguém se levanta para uma idosa poder sentar-se, ninguém ajuda quando o outro precisa. Só que é nestes pequenos gestos que a gentileza se mostra no seu estado mais puro. É no gesto natural, que vem como um reflexo, que a gentileza aparece entranhada dentro de algumas pessoas.
O Profeta Gentileza, que espalhou palavras de amor pelos muros do Rio de Janeiro, tinha como lema que gentileza gera gentileza. O moço do supermercado conseguiu contaminar-me com este sentimento e até hoje tenho tido atos gentis, mas confesso que a maioria deles ainda é fruto da racionalidade. Invejo a gentileza espontânea de algumas pessoas. Que elas consigam contaminar outros tantos por aí.


Foto extraída do Museu Virtual Gentileza, oimpressionista.wordpress.com/museu-virtual-gentileza

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Blog para quê mesmo?


Escrever e falar sempre foram meus ofícios. E é escrevendo e falando que sigo minha vida.
Por isso, nada mais lógico que ter um blog, onde possa escrever as coisas que falo por aí, ou dizer as coisas que não escrevo profissionalmente. Enfim, um lugarzinho na net para compartilhar ideias e ideais.
No fim das contas, o blog é um diário metido a besta e com maior audiência. Por isso, caro leitor, não leve este cantinho tão a sério. Nem eu me levo tão a sério para acreditar que meus textinhos despertarão paixões ou ilusões. A unica ilusão que alimento por aqui é a de que alguém se interesse em ler.
No mais, nem tudo o que se pensa cabe em palavras.

Foto: Rui Batista