CURSO: COMO FALAR EM PÚBLICO
Desinibição e Técnicas de Oratória
OBJETIVO:
Proporcionar aos participantes, através de aulas teóricas e exercícios
práticos, o desenvolvimento pessoal em Oratória, o maior controle emocional e a
desinibição na frente de diferentes públicos.
PUBLICO ALVO
Profissionais das mais diversas áreas e todos aqueles que, por algum
motivo, não estão satisfeitos com seu desempenho na exposição oral em público.
Sem limites de idade.
MÓDULOS
- Princípios da Comunicação
- Princípios da Oratória
- Estilos de Oratória
- O Improviso
- Roteirização do Discurso
- Postura Corporal
- Postura Ambiental
- Higiene Vocal
- Recursos Auxiliares
DEFINIÇÃO DE ORATÓRIA
do Lat. oratória
s. f.,
arte de falar ao público;
retórica;
a eloquência do foro, do púlpito ou das
assembléias;
peça dramático-musical baseada na vida de um santo
ou em fatos da História Sagrada.
“Muitas pessoas são bastante educadas para
não falar com a boca cheia, porém não se preocupam em fazê-lo com a cabeça
oca”.
Orson Welles
DEFININDO A COMUNICAÇÃO
A essência
da Comunicação é passar uma mensagem que seja compreendida. Para que a
Comunicação se faça são necessários três elementos básicos:
• Emissor: é a fonte de onde parte a mensagem, é quem inicia
a comunicação. O emissor pode ser alguém falando, gesticulando, interpretando,
etc.; pode ser um grupo querendo se comunicar através de um veículo, como no
caso da televisão, do rádio, e outros.
• Mensagem: é o que se quer passar através da comunicação. A
mensagem é, propriamente, o conteúdo da comunicação. Pode ser passada de várias
maneiras.
• Receptor: é o objetivo ou indivíduo a ser alcançado através
da comunicação. O receptor é quem recebe a mensagem passada pelo emissor. Ele
pode entender ou não a mensagem. Se entendê-la a comunicação é realizada com sucesso.
CODIFICANDO A MENSAGEM
Para ser
transmitida a mensagem precisa ser codificada. Codificar a mensagem é
transformar a vontade de comunicar-se em ato concreto. O código
escolhido define se a comunicação poderá ser entendida ou não. A mensagem pode
ser codificada através da fala, dos gestos, da escrita, dos sons, e tantos
outros códigos da comunicação.
O RUÍDO NA COMUNICAÇÃO
Chamamos de
ruído os fatores externos que interferem na comunicação fazendo com que seu
sucesso seja prejudicado. O ruído aqui não se restringe ao som, o conceito
abrange todo tipo de interferência.
POSTURA CORPORAL
O ponto mais
importante da postura corporal para a fala é o eixo vertical entre a coluna
cervical e o resto da coluna vertebral. Ele deve ser mantido reto, sem quedras,
para possibilitar a movimentação livre da laringe a projeção adequada da voz. O
orador deve sempre evitar a postura displicente, por exemplo, falar
sentado na cadeira ou encostado em alguma coisa.
Deve,
também, evitar os maneirismos, isto é, torcer os dedos, mexer na roupa,
estalar os dedos, esfregar as mãos, bater palmas ou tocar objetos sobre a mesa.
O orador
deve sempre agir com espontaneidade. Não deve prender as mãos tornando-as
imóveis, lançando-as para trás, imobilizando-as, nem adotar gesticulação
teatral exagerada. A melhor atitude com relação aos próprios gestos, é
esquecer as mãos, falando com naturalidade procedendo com elas, da mesma forma
como quando conversamos comumente.
A MÍMICA
Quando se
fala em MÍMICA pensa-se em forma de expressar-se através de gestos, mas o
conceito da mímica vai além dos gestos. A mímica é sim uma forma de expressão,
mas inclui além da gestualização a atitude do corpo, o jogo fisionômico e a
expressão do "ser" como um todo. A boa oratória baseia-se na harmonia
que deve existir entre a palavra, a atitude, a fisionomia e o gesto. Portanto
na eficácia da mímica.
ATITUDE DO CORPO
Na atitude
do corpo é preciso ser o mais natural possível, a postura revela a própria
personalidade. É a exteriorização não só da idéia, como também do sentido que
ela lhe causa. O orador deve estar a vontade à frente do auditório para poder
se expressar de forma inteira e, só assim, conquistar seus espectadores.
Os
movimentos dos braços e das mãos que vão dar ao orador os elementos básicos de
gestualização para sublinhar, completar e interpretar as palavras. A
gestualização apropriada constitui a maior dificuldade para o orador.
OS GESTOS
Os gestos
são o complemento da expressão verbal. Ao falar, todo o mundo gesticula. Na
oratória o orador que não sabe gesticular torna a sua peça fria e
inexpressiva. O gesto se compreende como sendo um ato ou uma ação, por meio do
qual se procura dar força às palavras, no sentido de se influenciar
pessoas.
O que o
orador não pode esquecer é que, ao discursar, os gestos devem ser
extremamente comedidos, pois os gestos discursivos são algo diferente dos
gestos que fazemos ao falar no nosso dia-a-dia, onde as pessoas não estão
circunscritas às normas e regras da oratória. Isto quer dizer que se deve
gesticular sem exageros porque em oratória os gestos devem ser, apenas, o
esboço dos gestos reais.
A EXPRESSÃO FACIAL
O jogo
fisionômico traduz o "estado d'alma" do orador, sendo que a cabeça,
parte mais nobre do corpo humano, desempenha papel fundamental, devendo, por
isso, ficar em posição normal e correta. A fisionomia é a expressão da
personalidade. Em oratória uma fisionomia carrancuda, por exemplo, causa
antipatia na platéia ou mesmo desdém; enquanto que o sorriso rasgado, ou fora
de hora, indica frivolidade ou perturbação emocional.
Os olhos,
chamados poeticamente de "janelas da alma", são peças fundamentais na
conquista do público. É através deles que vais se processar aquele intercâmbio
invisível da simpatia. O olhar do expositor deve percorrer sempre a platéia
inteira, não se circunscrevendo, ou mantendo, a sua atenção para este ou aquele
lado, em especial.
DICAS DE GESTUALIZAÇÃO
- · Para
sublinhar a amplidão ou nobreza do pensamento ou sentimento do que vai se
dizer, lançar-se um pouco para trás, curvar o tronco e erguer a cabeça.
- ·
Para indicar
que vai confundir o opositor, pode-se inclinar em sua direção, com o corpo
diminuído e endireitar-se bruscamente no final da frase que conclui a
demonstração.
- ·
Para
acentuar o que se está dizendo, deve-se empregar frases curtas e pontuar cada
parada com um movimento seco do braço, com o cotovelo colado ao corpo.
- ·
Para marcar
um espanto e até indignação, leve a mão à cintura e empregue a forma
interrogativa.
- ·
Para
adquirir a sobriedade dos movimentos, exercita-se a repetir diariamente duas ou
três frases sem acentuá-las com qualquer gesto.
- ·
Só dirija-se
especificamente a um espectador se souber como fazer de forma a não ofendê-lo.
Se conhecer alguém na platéia cite-o pelo nome para travar maior intimidade com
o público.
RESPIRAçãO
Função
principal: permitir as trocas gasosas
entre o organismo e o meio ambiente, através das trocas de O2 e CO2.
Função
básica à comunicação: Respirar
significa insuflar de vida.embora a função primária da respiração seja efetuar
trocas gasosas entre o meio ambiente e o organismo, imprescindíveis a
continuidade da vida, os antigos já sabiam que a respiração não apresenta
apenas um mecanismo fisiológico para a captação de oxigênio e eliminação de gás
carbônico. O ciclo respiratório apresenta duas faces, separadas entre si por um
pequeno intervalo.
CICLO RESPIRATÓRIO
Inspiração: movimento originado pela entrada de ar nos
pulmões. Nesta fase ocorre movimentação ativa do músculo. Ocorre o aumento do
volume da caixa torácica.
Expiração: saída de ar dos pulmões. Nesta fase o processo é
passivo, pois ocorre relaxamento do diafragma e das paredes musculares da caixa
torácica.
Pausa: tempo de suspensão ou retenção compreendido entre
uma inspiração e uma expiração, assim como entre uma expiração, assim como
entre uma expiração e uma inspiração seguinte.
ARTICULACÃO
A fala, além
da voz, implica em articulação clara e precisa dos sons (fonemas). O movimento
articulatório dos fonemas subdivide-se em: Consoantes
e Vogais. O aparelho articulador é
formado por: lábios, língua, bochechas, palato. Para articular determinado
fonema alguns órgãos entram em atividade e outros não, delimitado as
zonas de articulação. Quando a articulação foge dos padrões normais ocorre
distúrbio articulatório.
- ·
Entonação
- ·
Pontuação
- ·
Ritmo
A VOZ
A voz é uma
das extensões mais fortes de nossa personalidade e se aguçarmos nossos
sentidos, reconheceremos que esta extensão é mais profunda em sua dimensão
não-verbal (altura, intensidade, qualidade vocal, etc.) do que na verbal
(estrutura lingüística). Além disso, em todas as situações de emissão poderemos
ter vários níveis de análise, de leitura vocal: leitura dos parâmetros físicos,
psicológicos, sociais, culturais e educacionais de um determinado falante.
Nunca a voz
teve tanto poder e tantas possibilidades de uso como as que hoje dispõe.
Através dos registros em discos e fitas de comunicações de rádio, de telefone e
de todo o sistema eletro-eletrônico de transmissão de ondas sonoras, quase nos
acostumamos com a voz.
A voz
falada, cantada, ou uma simples exclamação apresenta três funções:
· Função de
Representação - a
voz comunica alguma coisa, ou seja, seu uso está relacionado ao conteúdo da
mensagem verbal.
· Função de
Expressão - a voz revela alguma coisa
do falante, como sua idade, seu nível sócio-econômico-cultural, seu estado
emocional, etc.
· Função de
Apelo - a voz
deseja e provoca uma reação no ouvinte, o que significa que existe sempre uma
intenção, freqüentemente inconsciente, no tipo de voz que se utiliza no
discurso.
A voz é
veículo de nossa inter-relação, de comunicação, um meio de atingir o outro. A
voz é o “tato á distância”, como tão bem conceituou Bonnier. Isto nos leva a
refletir sobre o porquê de algumas vozes nos “tocarem” mais que outras,
comunicando mais profundamente sua imagem. É uma experiência diária o fato de
identificarmos uma pessoa pela sua voz. Quando falamos ao telefone com alguém
que não conhecemos vai se formando em nossa mente uma série de imagens que nos
permite visualizar o nosso interlocutor. O refinamento deste processo é tal
que, além de atributos mais simples como sexo, idade e procedência, chegamos a
projetar, por vezes, o tipo de estrutura física, as expressões faciais e até
mesmo a cor dos cabelos do interlocutor.
ATRIBUTOS DA VOZ
· INTENSIDADE: som forte ou fraco. São determinantes da
intensidade; amplitude, vibração e tensão das pregas vocais força e impulso do
ar.
· ALTURA VOCAL: relaciona com a freqüência de vibração das pregas
vocais. Altura grave a aguda.
· QUALIDADE
VOCAL: conjunto de características que
identificam a voz humana. É a qualidade que permite identificar a pessoa que
está falando. A qualidade vocal fornece informações sobre as
características do indivíduo: estrutura emocional, grupo social e educacional
que o indivíduo pertence, estrutura física.
INFLEXÃO DA VOZ
Dominando a dicção e a altura da voz, faz-se uso
dela para transmitir sensações e sentimentos através de sua inflexão. Por
exemplo:
· Quando pretender
comunicar gravidade, responsabilidade, auto-domínio, fale calmo, baixo, usando
uma voz tendendo para doce.
· Quando
pretender a força de uma personalidade dominadora, firmeza de espírito
inquebrantável, caráter forte, use um tom forte em voz miuto firme, revelando
energia.
· Quando
pretender afetividade, poesia amorosa, meiguice, use um tom abaixo do normal em
voz doce, veludosa e lenta.
HÁBITOS VOCAIS INADEQUADOS
O hábito
constante de tossir e pigarrear pode facilitar o aparecimento de alterações nas
pregas vocais, com irritação e descamação do tecido.
Alimentação
- no período de uso intensivo da
voz, deverá ser leve e constituída de muitas fibras, para solicitar o trabalho
de mastigação e auxiliar na abertura de boca e no treinamento da musculatura
facial. Alimentos excessivamente condimentados e pesados precisam ser evitados,
pois sua digestão é lenta, dificultando a livre movimentação diafragmática.
Vestuário - golas altas ou apertadas, lenços e colares
no pescoço, corpete, cintas largas e justas no abdomem limitam a livre
movimentação da laringe e do diafragma. Salto alto induz á tensão do diafragma
e da musculatura vizinha á coluna vertebral.
Hábitos de
competição sonora - a competição
sonora pode ser vocal (ambientes com várias pessoas falando ao mesmo tempo) e
não vocal (ruído de máquinas, transito da rua). Os indivíduos automaticamente
elevam a voz e colocam seu aparelho fonador sob tensão e esforço.
Planejando o Discurso
§
O
que dizer?
Domino o assunto a que me proponho?
Quais áreas mais domino? O que é relevante?
§
Com
que público vou falar?
Como é formada a platéia que vai me
ouvir?
§
Quanto
tempo necessito ou disponho?
Quanto pode durar meu discurso e
quanto ele realmente deve durar?
§
Como
dizer?
Que estilo de fala eu adotarei para
ser compreendido pelo público?
§ Onde vou falar?
Como é o local? Devo falar em
tribuna?
§
Como
me apresentar?
Qual o traje mais adequado a esta
circunstância?
§
Do
que vou necessitar?
Que tipo de recursos ou equipamentos
tenho a minha disposição?
§
Quais
informacões complementares preciso?
Sei tudo o que preciso sobre o
evento?
As partes do Roteiro
O exórdio ou introdução
Contato
orador/ auditório. Indicação do assunto de que se trata. Para que o ouvinte
seja informado e para que seu pensamento não fique em suspenso. "O
auditório mostra-se atento ás coisas que se revestem de importância, que
pessoalmente lhe dizem respeito, ao que provoca admiração e causa agrado".
Aristóteles .
O Enunciado ou Proposição
O
orador apresenta o assunto, de uma só vez ou por temas separados, enunciando o
que pretende demonstrar (propositura).
A Exposição ou Narração
O
orador desenvolve a argumentação, expondo suas idéias.O objetivo é mostrar que
o fato narrado existe, ou é incrível, ou que tem importância, ou tudo isso.
A Refutação ou Contestação
O
orador procura destruir os argumentos que já foram expostos pelo antecessor, ou
que possam vir a ser apresentados pelos conseqüentes. Em caso de discurso de
apoio a outro, utiliza-se o momento para reforçar argumentos ou de outro,
enaltecendo o brilho, o caráter e o sentido de justiça, etc.
A
Confirmação ou Recapitulação
O
orador procura resumir, em poucas palavras, todo o seu discurso e tirar as suas
conclusões finais( síntese)
A Peroração ou Exortação
O
orador procura exaltar os ânimos dos ouvintes e fechar com muito brilho o seu
discurso, deixando uma boa impressão em todos e a sensação de terem ouvido o
mais sensato, justo e crível discurso.
Roteiro Simplificado
De
maneira prática, podemos resumir em três aspectos:
·
O
Começo (Exórdio
e Enunciação): Indicação do assunto, preparação da platéia, exposição do
assunto por temas ou de uma só vez.
· O
Meio (Exposição
e Refutação): Desenvolvimento da argumentação, demonstrando que o fato
existe, ou é incrível ou tem tal importância. Destruição e/ou desqualificação
dos argumentos do opositor que antecedeu o orador ou o sucederá.
· O
Fim (Confirmação
e Peroração): Fechar, resumindo o discurso e expondo as conclusões. Deixar
boa impressão, levando o ouvinte a sentir paixões.
Dicas de Roteiro
§ O início do discurso deve ser curto,
breve mesmo!
§ O meio do discurso é muito importante
por ser o motivo pelo qual os ouvintes se dispuseram a prestar atenção no
orador.
§ É fundamental preparar
convenientemente esta que é a parte principal do discurso.
§ O ouvinte tem o direito de receber
de um orador algo de valor: divresão, informação ou inspiração.
§ Os princípios seguintes devem
nortear a preparação do corpo de um discurso:
§ tenha em mente, com máxima clareza,
a idéia central,
§ domine com segurança o assunto que
se propõe a discutir.
§ divida o corpo do discurso em duas,
três oyu quatro partes.
§ exponha a idéia central, mas tenha
por norma não argumentar muito.
§ inicie o corpo do discurso com
idéias interessantes e acessíveis.
·
A
conclusão: estando
o corpo do discurso devidamente preparado, a argumentação se intensificará mais
e mais, à medida que o orador se aproxima da conclusão. Conseguir um clímax
impressionante no fim do discurso requer uma análise inteligente da idéia
central de modo que toda a subdivisão do discurso se baseia no ponto central.
Um discurso, que atinja o clímax no princípio, ou em qualquer trecho antes do
fim, sempre deixa a desejar. Algumas formas de concluir:
§ Sintetizar, de modo geral, os pontos
principais do discurso.
§ Completar com uma citação literária.
§ Concluir com uma opinião animadora,
ou congratulando-se com os ouvintes.
§ Citar brevemente a história.
§ Concitar a assistência e tomar
alguma iniciativa.
§ Contar brevemente uma história ou
estória engraçada.
Postura ambiental
Conheça
o local em que vai falar com antecedência, procure ficar sozinho neste local e
observe cada detalhe dele com muita calma e atenção. Tente relaxar e se sentir
a vontade. Procure chegar antes que o público no dia do discurso e recuperar a
intimidade com o local. Antes de começar a exposição faça alguns exercícios
respiratórios em silêncio, tente relaxar e só pense em você mesmo. Concentre-se
no que vai dizer e não em como vai dizer. Faça um pré-aquecimento
silencioso esfregando as mãos e
movimentando os braços e pés.
O
orador deve apresentar-se decentemente trajado, sem luxo, nem ostentação. Mas o
mais importante é que esteja extremamente à vontade em sua própria roupa. Evite
"estréias" de roupas, sapatos, acessórios e perfumes no dia em que
for se apresentar publicamente.
Ao
encaminhar para a tribuna, ou ao subir e descer dela, procure não incomodar a
platéia, não agindo de forma precipitada ou aflita. O andar deve ser calmo e
compassado. Uma vez discursando, caminhe sempre que achar necessário ou quando
estiver sentindo desconforto na posição ereta.
Ande de um lado para o outro com passos firmes e lentos, sem perder o
olhar dirigindo ao público, sem baixar a cabeça e sem se afobar, e claro, sem
perder o raciocínio. Ande o mínimo possível.
Gestos
como abotoar o paletó, apertar o cinto, ajeitar a blusa, tirar o colar, apertar
ou desapertar a gravata, e outros assim, devem ser feitos antes de subir a
tribuna. Além de distrair o público, mostra o descaso do orador com sua própria
preparação.
Mesas
e objetos que possam servir de apoio devem ser ignorados, o apoio do corpo
passa a impressão de insegurança ou ainda de desleixo. Também não se deve falar
sentado, salvo raríssimas exceções, pois se perde muito do poder de domínio da
platéia e da forca da eloqüência.
Trave
um clima de cordialidade e simpatia com o público, mas cuidado com o excesso de
intimidade. Sempre que puder ilustre seu pensamento com histórias e parábolas e
evite as piadinhas.
Recursos Auxiliares
Para
os oradores obrigados a longas exposições, ou ainda, para aqueles que não
dominam completamente a ansiedade, há a possibilidade de lançar mão da
tecnologia em função de ilustrar o discurso. Mas todo cuidado é pouco quando é
feita a opção de usar instrumentos e equipamentos auxiliares ao discurso.
Além
de conhecê-los muito bem, necessita o orador de não se deixar levar pela
facilidade de equipamentos e acabar por não ter a dedicação necessária na
preparação do próprio discurso.
LOUSA
Seu
uso só é aceitável em casos nos quais o orador necessite escrever uma sentença
para que o público a entenda e para tanto não dispõe de nenhum outro tipo de
equipamento. Ultrapassada inclusive como equipamento pedagógico, a lousa é hoje
a representação de idade da pedra na oratória.
RETROPROJETOR
Utilizado
nos casos de exposição de esquemas ou resumos. Seu uso deve restringir-se a
público razoavelmente pequenos,em ambientes com condição de visibilidade
perfeita da projeção.
SLIDES
Não
devem se tornar o centro do discurso, mas um auxílio visual apenas ilustrativo.
O orador não pode se deixar intimidar pela imagem, mas já que recorreu a ela
deve fazer com que todos a entendam.
AUDIOVISUAIS
Só são usados em casos de ilustrar o
discurso com casos práticos ou realizados especialmente para o próprio
discurso. O orador que usa de audiovisuais tem que saber escolher o momento
certo para introduzi-lo de forma a que não seja um filminho solto no meio do
discurso, agindo como ruído na comunicação.
DATASHOW
Multimídia-
este método de ilustração do discurso não deve ser encarado como o máximo em
tecnologia, mesmo porque não o é. Quando feito com a preocupação de conter
todos os dados da exposição. Mas quando usado adequadamente, serve como
instrumento eficaz.
Exercícios Vocais
Extraídos
do livro Cica - o livro do Trava Língua
Pintor português
Paulo
Pereira Pinto Peixoto
Pobre
pintor português,
Pinta
perfeitamente
Portas,
paredes e pias,
Por
parco preço, patrão.
Se o
Pedro é preto,
O
peito do Pedro é preto
E o
peito do pé do Pedro é preto.
Três
pratos
De
trigo
Para
três tigres
Tristes.
Alô,
o tatu taí?
Não,
o tatu num tá.
Mas
a mulher do tatu tando,
É o
mesmo que o tatu tá.
O
pinto pia,
A
pipa pinga,
Pinga
a pipa
O
pinto pia.
Pinto
pia,
Pipa
pinga.
Quanto
mais
O
pinto pia
Mais
a pipa pinga.
Olha
o sapo dentro do saco,
O
saco com o sapo dentro,
O
sapo batendo papo
E o
papo soltando vento.
Pedreiro
da catedral
Aqui
está o padre Pedro?
Qual
padre Pedro?
O
padre Pedro Pires Pisco Pascoal.
Aqui
na catedral tem três padres Pedros Pires Piscos Pascoais.
Como
em outras catedrais.
Tempo
O
tempo perguntou pro tempo
Quanto
tempo o tempo tem.
O
tempo respondeu pro tempo
Que
o tempo tem tanto tempo
Quanto
tempo o tempo tem.
Jabuticabeira
Jabuticabeira
pequenina,
Quando
te
Despequeninajabuticabeirarizarás
Tu?
Eu
me
Despequeninajabuticabeirarizarei
Ao
se
Despequeninajabuticabeirarizararem
Todas
as pequeninas jabuticabeiras
Ainda
não
Despequeninajabuticabeirarizadas.
Quando
toca a retreta
Na
praca repleta
Se
cala o trombone
Se
toca a trombeta
O
Rato e a Rosa Rita
O
rato roeu a roupa do rei de Roma,
O
rato roeu a roupa do rei da Rússia,
O
rato roeu o rabo do Rodovalho...
O rato a roer roía.
E A
Rosa Rita Ramalho
Do
rato a roer se ria.
ALGUMAS
CURIOSIDADES SOBRE COMUNICAÇÃO
Formas de Comunicação
- 7%
com a VOZ
- 38%
com o TOM da voz
- 53%
com olhar, semblante, mãos, gestos, postura...
Formas de Aprendizado
Nós Lembramos
- 20%
do que ouvimos.
- 50%
do que ouvimos e vimos.
- 80%
do que ouvimos, vimos e participamos.
As CORES, o que comunicam:
Quando
usadas corretamente
·
aceleram a comunicação
·
aumentam a motivação
·
aumentam a disposição na
leitura
·
melhora e cresce a compreensão
Um Bom Visual
- Força
ordem e seqüência.
- Seleciona
idéias chaves.
- Evita
o esquecimento de pontos importantes.
- Reduz
o tempo.
- Infunde
confiança no orador.
Comunicação Visual Positiva é:
- Visibilidade.
- Clareza.
- Simplicidade